Viúva Negra valeu a pena?

Salve, TaBEERneiros!

E aí, o que estão achando dos anúncios, trailers, especulações, séries, etc relacionados à fase 4 da Marvel?

Sem responder a primeira pergunta, entro direto com a segunda: O que vocês acharam do tão aguardado filme da Viúva Negra?

Sem mais delongas, vamos ao que interessa!

Eu gostei, mas fiquei com a sensação de que poderia ter sido muito mais. O filme foi bacana, foi bem divertido de ver, mas poderia trazer bem mais da personagem. O que traz essa sensação:

1 – O filme demorou anos para sair do papel, inclusive, se encaixaria melhor se tivesse saído antes dos eventos de Guerra Infinita e Ultimato;

2 – Justamente por conta dos eventos de Guerra Civil e Guerra Infinita, a personagem ganhou um peso nos filmes que aumentou muito a sua relevância ao contrário do que sugeria o seu surgimento no MCU.

Scarlett Johansson



A verdade, é que a personagem da Scarlett Johansson na Marvel foi crescendo em protagonismo, em carisma e teve uma despedida de destaque pelo sacrifício realizado em Vingadores: Ultimato. E aí, quando enfim chega a hora de explorar mais a espiã, vem um filme legal, mas que não supera as expectativas criadas.

A proposta apresentada de trazer uma visão do passado da Natasha foi perfeita, delimitando as raízes, deixando alguns outros mistérios no ar e dando uma motivação genuína com a luta pela libertação de outras agentes que passaram pela mesma experiência que ela. Além disso tudo, o filme deu à personagem, a chance de se retratar com algumas marcas do seu próprio passado. Tudo isso já seria motivo para um filme maravilhoso, mas muitas soluções acabaram sendo simplificadas em um modelo não muito diferente do que já vimos em filmes como Missão Impossível e outros do gênero. Fica a sensação de que faltou ousadia ao se aplicar um modelo mais genérico a um filme ultra hypado.

Natasha e sua “irmã” foram criadas por espiões russos disfarçados de americanos. O reencontro entre elas, após terem sido separadas na infância, se dá em um momento posterior aos acontecimentos de Capitão América: Guerra Civil. Natasha estava isolada e foi contactada por Yelena após ser despertada do controle mental ao qual as viúvas são submetidas. Yelena recorre à Natasha para salvar outras outras agentes, vítimas do programa da Sala Vermelha.

Começando a reunir a “família”


Toda a trama tem a intenção de fazer com que a Viúva Negra revisite os traumas do passado, se redescubra inclusive na relação com sua suposta família, além de dar a ela a possibilidade de corrigir um erro que até então a assombrava. Em meio a trama, o filme é recheado de cenas de ação super bem produzidas e cheias de personalidade, com destaque para as lutas, mesmo que algumas se deem em ambientes completamente surreais, levando em consideração que os personagens não tem superpoderes. Os destaques principais ficam para a cena da luta entre Natasha e Yelena no reencontro das duas e a luta final entre a Natasha e o Treinador em plena queda livre.

Dentre outros destaques, está a introdução de Yelena (Florence Pugh) no MCU. O contraponto dela com a Natasha em meio a retomada da relação entre as duas, deu um tom mais humanizado para a protagonista. Uma pena essa relação ter sido explorada apenas agora. Os papéis de David Harbour e Rachel Weisz são verdadeiras caricaturas russas, que têm alguns momentos divertidos e até mesmo de carinho entre os personagens mostrando que a família de certa forma, parecia ser muito mais que aquela encenação do passado. Os momentos em família dão um tom mais cômico e uma certa leveza típicos do MCU

Natasha e Yelena



Enfim, apesar de valer a diversão, o filme já chega de certa forma ultrapassado em seu lançamento, sendo um cartucho desperdiçado que poderia ter um resultado melhor se tivesse sido melhor encaixado na cronologia do MCU. Além de tudo isso, ainda houve a crise gerada a partir do lançamento em paralelo no Disney+, que fez com que a atriz Scarlett Johansson entrasse na justiça contra a Disney, mas isso é assunto para um outro dia.

Serviço:

O filme já está disponível no catálogo da Disney+

Paulo Souza

Pai, Marido e Nerd full time. Nerdice raiz é a minha essência.